Lesão de isquemia e reperfusão renal: influência da clorpromazina na função renal e na peroxidação lipídica
Tucci Junior, SilvioCarvalho, Roberto Marins deCelini, Fábia MartinsCologna, Adauto JoséSuaid, Haylton JorgeTirapelli, Luis FernandoMartins, Antonio Carlos Pereira
OBJETIVO: avaliar a influência da clorpromazina (CPZ) na função renal e na peroxidação lipídica num modelo de lesão de isquemia/reperfusão renal em ratos. MÉTODOS: 48 ratos Wistar foram submetidos à laparotomia para clampamento da artéria renal esquerda durante 60 minutos, seguido da reperfusão e nefrectomia contralateral. Destes animais, 26 receberam 3 mg/kg de CPZ intravenosa 15 minutos antes da isquemia renal (G-E), sendo os 22 animais restantes utilizados como grupo controle isquêmico (G-C). Em 11 ratos do G-E e 8 do G-C foi feita a dosagem de uréia e creatinina sérica antes da isquemia renal e no 1º, 4º e 7º dia pós-operatório. Amostras de tecido do rim esquerdo foram obtidas aos 5 minutos (5 ratos de cada grupo) e 24 horas após reperfusão (9 G-C e 10 G-E) para dosagem de malondialdeído (MDA). Valores controle para níveis de MDA foram obtidos em rins retirados de 6 ratos normais. RESULTADOS: insuficiência renal aguda ocorreu em todos os animais mas os níveis séricos de uréia e creatinina foram significativamente menores no G-E (p<0,001). Os níveis de MDA apresentaram elevação acentuada na avaliação aos 5 minutos de reperfusão em ambos os grupos (p<0,05), retornando a valores próximos aos normais na avaliação com 24 horas. CONCLUSÃO: a CPZ conferiu proteção parcial da função renal aos rins submetidos à lesão de isquemia e reperfusão, aparentemente independente da inibição da peroxidação lipídica.(AU)
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