Efeitos da estocagem sanguínea em gelo na bioquímica e gasometria arterial de ratos
Brito, Marcus Vinicius HenriquesCunha, Izabella Cristina CristoAragón, Mayra GonçalvesBraga, Thiago Gabbay MartinsLima, Fabrício Diniz de
OBJETIVO: Analisar o efeito da estocagem sanguínea na bioquímica e na gasometria do sangue arterial de ratos Wistar. MÉTODOS: Foram utilizados 10 ratos adultos, machos, com peso compreendido entre 300 a 350 gramas. Cada animal foi submetido à cateterização da artéria carótida seguida de heparinização prévia do animal. Foram colhidos 3 ml de sangue total do rato, separados em três seringas contendo 1 ml cada. As seringas foram preenchidas uma após a outra e enumeradas respectivamente à ordem de coleta. De acordo com esta numeração as amostras foram distribuídas nos seguintes grupos: GT1 - amostras que tiveram primeira análise em 20 minutos e a segunda análise 65 minutos após a coleta; GT2 - amostras que tiveram primeira análise em 35 minutos e segunda análise 80 minutos após a coleta; GT3 - amostras que tiveram primeira análise em 50 minutos e 95 minutos após a coleta. As amostras foram estocadas em material isolante térmico, com temperatura entre 0 Cº e 4 Cº. Foram comparados os valores de pH, PaCO2, PaO2, HCO3-, SatO2, SBE, concentrações de Na+ e K+ e glicose. RESULTADOS: Não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes (p<0.05) entre GT1, GT2 ou GT3 quando medidos pH, PaCO2, PaO2, HCO3-, SatO2, SBE ou glicose. Entretanto, a concentração de Na+ apresentou decréscimo enquanto que a concentração de K+ aumentou (p<0.05) quando comparados a primeira análise (20 minutos) e a última análise (95 minutos). CONCLUSÃO: A estocagem sanguínea em gelo não interfere nos resultados gasométricos arteriais no período mínimo de 95 minutos, à exceção dos níveis de Na+ e K+, viáveis até 80 minutos de análise pós-estocagem.(AU)
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