VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 364-371

Análise histopatológica da regeneração nervosa periférica com uso de gangliosídeos após axonotmese em ratos

Ribeiro, Camila Maria BederVasconcelos, Belmiro Cavalcanti do EgitoSilva Neto, Joaquim Celestino daSilva Júnior, Valdemiro Amaro daFigueiredo, Nancy Gurgel

OBJETIVO: Avaliar os efeitos de gangliosídeos na regeneração nervosa periférica em nervo isquiático de ratos após axonotmese. MÉTODOS: Foram utilizados 96 ratos machos albinos (Wistar). Os animais foram anestesiados e após constatação do plano anestésico, foi realizada incisão na face posterior da coxa direita do animal. Em seguida, foi realizada a dissecção cirúrgica da pele e do músculo e divulsão dos músculos. O nervo isquiático direito foi isolado e sofreu compressão por 2 minutos. Efetuou-se a sutura contínua da pele. Os animais foram distribuídos aleatoriamente em 2 grupos: experimental (GE) que receberam gangliosídeos pela via sub-cutânea e controle (GC) que receberam soro fisiológico 0,9 por cento com a finalidade de mimetizar os efeitos de administração da droga de estudo. A análise histopatológica foi realizada em 8, 15, 30 e 60 dias. RESULTADOS: Não se evidenciaram diferenças significantes entre os grupos controle e experimental avaliados com 8 dias. Nos grupos experimentais de 15 e 30 dias observou-se uma diminuição da atividade das células de Schwann e aparente melhora na organização das fibras nervosas; com 60 dias havia discreta presença células de Schwann no espaço endoneural e as fibras nervosas estavam organizadas sinalizando a regeneração nervosa. Nos grupos controles de 15 e 30 dias o padrão de reação celular diminuiu, entretanto havia muitas células com citoplasmas em atividade e mistose; com 60 dias observou-se ainda a presença de hiperplasia de células de Schwann, atividade mitótica ainda presente e regeneração nervosa presente, porém em menor grau comparando-se com aquele visto no grupo experimental. CONCLUSÃO: A administração de gangliosídeos exógenos parece incrementar a regeneração nervosa.(AU)

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