Análise morfométrica do espessamento intimal secundário ao implante de stent em artérias carótidas de suínos
Pasa, Márcio BastianiPereira, Adamastor HumbertoCastro Júnior, Cyro
OBJETIVO: analisar o espessamento intimal adjacente ao implante de um stent em artérias carótidas de suínos e aquele secundário à simples manipulação da artéria pelo introdutor do dispositivo. MÉTODOS: sete suínos receberam o implante de um stent na artéria carótida comum direita, sob dissecção direta do vaso e sete animais controles sofreram manipulação arterial, com o sistema introdutor, sem o implante do stent. As artérias carótidas comuns contralaterais não lesadas, dos dois grupos, também foram utilizadas como controle. Realizada a análise morfométrica de amostras de tecido arterial, obtidas junto ao segmento distal do stent, quatro semanas após o implante. Os achados morfométricos foram comparados com amostras arteriais oriundas das carótidas lesadas, no grupo controle, e das carótidas contralaterais não lesadas dos dois grupos. A análise estatística foi realizada através do teste de Mann-Whitney e do teste T de Wilcoxon, para amostras não-paramétricas (p<0,05). RESULTADOS: observado um maior espessamento intimal no grupo submetido ao implante de stent (p=0,008). As áreas luminais e da camada média não apresentaram alterações significativas, entre os dois grupos. Quando os dois grupos foram comparados às suas respectivas artérias carótidas contralaterais, foram encontradas alterações significativas nas mensurações da área intimal e do lúmen arterial. Não houve alterações estatisticamente significativas na área da camada média. CONCLUSÕES: todas as artérias submetidas ao implante do stent apresentaram espessamento intimal, sem alterações na camada média, quatro semanas após o implante de um stent. A simples manipulação arterial provocou espessamento intimal.(AU)
Texto completo