Modelo experimental de pancreatite aguda grave em coelhos
Goldenberg, AlbertoRomeo, Ana Celia Diniz Cabral BarbosaMoreira, Márcia BentoApodaca, Franz RobertLinhares, Marcelo MouraMatone, Jacques
OBJETIVO: Desenvolver modelo experimental de pancreatite aguda grave em coelhos por meio da injeção de taurocolato de sódio no ducto pancreático. MÉTODOS: Vinte e quatro coelhos albinos da linhagem Nova Zelândia foram distribuídos em quatro grupos de seis animais (A, B, C e S). Os coelhos dos três grupos experimentais (A, B e C) foram submetidos a laparotomia e injetou-se taurocolato de sódio a 5 por cento, 1ml/Kg no ducto pancreático. Realizou-se nova laparotomia, respectivamente, após 4h, 8h e 12h. No grupo controle (S), subdividido em dois grupos de três animais, foi realizada no subgrupo S1 apenas cateterização do ducto pancreático e no subgrupo S2 cateterização do ducto pancreático e injeção de solução fisiológica 0,9 por cento, 1ml/Kg. Estes animais foram reavaliados após 12 horas. Na reintervenção coletou-se sangue para determinação da amilasemia e realizou-se pancreatectomia para análise histológica do infiltrado intersticial, da esteatonecrose e da necrose do órgão. RESULTADOS: Houve elevação da amilase em todos os grupos, demonstrando a presença da pancreatite aguda. O tamanho do septo interlobular aumentou progressivamente, observando-se maior diferença entre os grupos S1 (0,13) e C (0,53) (p=0,035). Todos os animais do grupo A apresentaram necrose celular focal que se tornou mais intensa nos coelhos do grupo B, culminando com o predomínio de necrose pancreática acentuada nos animais do grupo C. A diferença na intensidade da necrose celular apresentou significância estatística (p=0,001). CONCLUSÃO: O modelo experimental proposto se mostrou reprodutível e efetivo em provocar pancreatite aguda grave em coelhos.(AU)
Texto completo