A repetição de ondas de choque extracorpóreas e a lesão do parênquima renal em ratos normais e diabéticos
Kira, Vicente MassajiFagundes, Djalma JoséBandeira, César Orlando PeraltaFagundes, Anna Tereza NegriniOrtiz, Valdemar
OBJETIVO: Avaliar o efeito de repetidas ondas de choque extracorpóreas (OCE) sobre o parênquima renal de ratos normais e diabéticos. MÉTODOS: 40 ratos normais e 40 ratos diabéticos foram distribuídos para aplicação de OCE (Direx Tripter X1® - 14 KVA) como segue: A1/B1 e A3/B3 sem OCE; A2/B2 uma sessão de OCE (2000 OC); A4/B4 duas sessões de OC (4000 OC) num intervalo de 14 dias. Todos os animais foram sacrificados no 3º. dia após a aplicação da OCE e amostras de parênquima renal foram histologicamente preparados e corados em H&E. Para cada animal foi calculado, em 20 campos aleatórios, a freqüência (em porcentagem) de focos hemorrágicos (FH) nas áreas subcapsular, intersticial e glomerular. RESULTADOS: Nenhum foco hemorrágico foi identificado nos animais normais ou diabéticos que não receberam nenhuma OCE (A1, A3 e B1, B3). Nos ratos normais a freqüência de FH foi similar com uma sessão de OCE (subcapsular =15 por cento; intersticial =20 por cento e glomerular =10 por cento) ou duas sessões de OCE (subcapsular =25 por cento; intersticial =20 por cento; glomerular =10 por cento). Nos ratos diabéticos a ocorrência de FH com duas sessões de OCE foi mais freqüente (subcapsular =40 por cento; intersticial =30 por cento e glomerular =10 por cento) do que com uma simples sessão de OCE (subcapsular =25 por cento; intersticial =15 por cento e glomerular =15 por cento). CONCLUSÃO: Uma única ou duas sessões de OCE causa um discreto e semelhante dano no parênquima renal de ratos normais. Nos ratos diabéticos a repetição da OCE pode resultar em acúmulo de danos, especialmente com FH nas áreas subcapsular e intersticial e no edema do glomérulo.(AU)
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