Localização de paratireóides ectópicas e extranumerárias em pacientes com hiperparatireoidismo secundário à insuficiência renal crônica
Gomes, Elaine Maria SantosNunes, Reinaldo CavalcanteLacativa, Paulo Gustavo SampaioAlmeida, Mirella Hansen deFranco, Felipe MalzacLeal, Christianne Toledo SouzaPatrício Filho, Pedro José de MattosFarias, Maria Lucia FleiussGonçalves, Manuel Domingos da Cruz
A principal causa cirúrgica de persistência da doença após paratireoidectomia no hiperparatireoidismo secundário à insuficiência renal crônica (HPT2) é a existência de paratireóides supranumerárias e/ou ectópicas. OBJETIVO: Avaliar o número, prevalência de ectopia e localizações mais comuns das paratireóides nestes pacientes. MÉTODOS: Acompanhamos prospectivamente pacientes com HPT2, submetidos à paratireoidectomia no HUCFF, entre dezembro/2001 e julho/2005. Todos foram operados pelo mesmo cirurgião, que descreveu detalhadamente a localização das paratireóides encontradas. RESULTADOS: Foram avaliados 35 pacientes: em cinco (14,3 por cento) foi encontrada uma quinta glândula, supranumerária; dezesseis (45,7 por cento) possuíam glândulas ectópicas; as localizações mais comuns foram parênquima intratireoidiano (33,3 por cento), trajeto conduto tireotímico (18,5 por cento) e timo (14,8 por cento). As principais glândulas ausentes na presença de ectopia foram as inferiores esquerdas (29,6 por cento) e direitas (25,9 por cento). A sensibilidade da ultra-sonografia e da cintigrafia com sestamibi na detecção dos nódulos foi baixa (48,3 por cento e 35,3 por cento, respectivamente). Além disso, 51,4 por cento das ultra-sonografias mostraram incidentalomas tireoidianos. CONCLUSÃO: A presença de paratireóides supranumerárias e ectópicas no HPT2 é suficientemente relevante para justificar sua procura exaustiva. Como os exames de imagem pré-operatórios contribuem muito pouco para localizá-los, é necessário que se desenvolva uma rotina de exploração abrangendo as localizações mais comuns.(AU)
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