Modelo experimental para o estudo da isquemia renal crônica em ratos. Análises morfológica, histológica e ultra-estrutural
Konopka, Clóvis LuísJurach, AlexandreWender, Orlando Carlos Belmonte
OBJETIVO: Avaliar um modelo de isquemia renal crônica em ratos e caracterizar os efeitos no tecido renal. MÉTODOS: Utilizaram-se 168 ratos Wistar divididos em dois grupos iguais, controle (GC) e isquemia (GI). Os animais do GI (n=84) foram submetidos à ligadura parcial da artéria renal esquerda, e os animais do GC (n=84) permaneceram com a artéria renal intacta. Em sete períodos de tempo sucessivos e iguais, em intervalos semanais, 12 animais de cada grupo foram submetidos à nefrectomia, com determinações morfométricas e análises histológica e ultra-estrutural. RESULTADOS: O GI apresentou redução progressiva no peso, volume e espessura cortical renal a partir do 7º dia do experimento, atingindo grau máximo no 49º dia (p < 0.05). A atrofia tubular proximal no GI ocorreu em 75/84 análises (89,2 por cento), com diferença altamente significativa entre os dois grupos a partir do 7º dia (p=0.0009) e nos demais períodos do experimento (p=0.00001). A alteração intersticial mais comum no GI foi o infiltrado, presente em 98,8 por cento, com diferença altamente significativa entre os dois grupos (p=0.00001). A análise ultra-estrutural não demonstrou lesões glomerulares, evidenciando que os glomérulos preservam sua arquitetura intacta durante a isquemia crônica. CONCLUSÃO: O modelo mostrou que a isquemia renal crônica em ratos provoca atrofia renal progressiva, com preservação da estrutura glomerular.(AU)
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