Efeitos da sinvastatina na sepse abdominal em ratos
Souza Neto, José Luiz deAraújo Filho, IramiRego, Amália Cínthia Meneses doDominici, Víctor AlmeidaAzevedo, Ítalo MedeirosEgito, Eryvaldo Sócrates TabosaBrandão-Neto, JoséMedeiros, Aldo Cunha
OBJETIVO: As estatinas são agentes reconhecidamente hipolipemiantes. Vários estudos têm revelado que eles têm ações pleiotrópicas, como antiinflamatória e imunomoduladora. Tentando-se entender o papel antiinflamatório da sinvastatina na sepse, foram analisados os níveis de citocinas pró-inflamatórias e contagem de leucócitos em modelo de sepse abdominal por ligadura e punção do ceco (LPC) em ratos. MÉTODOS: Foram utilizados 28 ratos Wistar pesando 285±12g, assim divididos: grupo sepse (n=14), submetidos a LPC e grupo sham (n=14), submetidos a laparotomia e manipulação suave do ceco. No grupo LPC/sinvastatina (n=7) os ratos receberam 10mg/kg de sinvastatina via oral 18 e 2 horas antes da LPC e no grupo LPC/salina (n=7) os ratos receberam injeção oral de solução salina 0,9 por cento. Os animais dos grupos sham/sinvastatina (n=7) e sham/salina (n=7) receberam o mesmo tratamento. Dosagem de TNF-alfa, IL-1beta e IL-6 por ELISA e contagem de leucócitos totais, neutrófilos, linfócitos e eosinófilos foram realizadas em todos os animais. Análise estatística foi feita pelo ANOVA e teste de Tukey, com significância p<0,05. RESULTADOS: Ficou demonstrado que as dosagens de TNF-alfa, IL-1beta e IL-6 atingiram valores de 364,8±42pg/ml; 46,3±18pg/ml e 28,4±13pg/ml no grupo submetido à sepse e tratados com sinvastatina, significantemente mais baixos do que no grupo sepse não tratados (778,5±86pg/ml; 176,9±46pg/ml; 133,6±21 pg/ml, respectivamente). O mesmo ocorreu na contagem de leucócitos totais e neutrófilos. CONCLUSÃO: A sinvastatina mostrou ação anti-inflamatória em ratos Wistar, diminuiu níveis de citocinas e leucócitos, sugerindo uso potencial na prevenção ou atenuação dos efeitos da sepse abdominal.(AU)
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