Uso das telas de politetrafluoroetileno e polipropileno no reparo de defeitos da parede abdominal em ratos Wistar. Estudo comparativo
D'Acampora, Armando JoséJoli, Fabrícia SlomskiTramonte, Ricardo
OBJETIVO: Comparar o uso de tela de PTFEe e polipropileno no tratamento de hérnias incisionais produzidas experimentalmente em ratos Wistar. MÉTODOS: 24 ratos Wistar foram distribuídos em três subgrupos: C-A (ressecção de segmento da parede abdominal), E-A (ressecção e colocação de tela de PTFEe), E-B (ressecção e colocação de tela de polipropileno). Após 28 dias, retirou-se a peça e procedeu-se à análise macroscópica (inspeção da parede abdominal, avaliando presença de abscesso na ferida operatória e/ou necrose de pele, e aderências) e microscópica (presença de fibrose, necrose e abscesso, e contagem de macrófagos, mononucleares e polimorfonucleares). RESULTADOS: Aderências e abscesso na ferida operatória foram observados mais intensamente no subgrupo tratado com PTFEe. O tamanho do tecido fibrótico foi mais acentuado no subgrupo tratado com polipropileno. Já o subgrupo E-A apresentou a tela de PTFEe envolvida por tecido conectivo fino organizado. Não houve necrose no local de inserção da prótese em todos os subgrupos. Maior reação inflamatória mononuclear ocorreu com o PTFEe quando comparado com o grupo controle, mas com o uso de polipropileno os achados foram significativos se comparados ao grupo controle. Na análise dos resultados obtidos com os grupos E-A e E-B verificou-se que houve ocorrência mínima de polimorfonucleares em ambos os grupos de animais analisados, indicando assim uma baixa reatividade tecidual de ambos materiais nestes animais experimentais. CONCLUSÃO: Mesmo ocorrendo epitelização e proliferação de tecido conjuntivo, a ancoragem entre o PTFEe e a parede abdominal é insuficiente, o que pode resultar numa maior recorrência de hérnias.(AU)
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