Efeitos do envelhecimento na regeneração hepática em ratos
Biondo-Simões, Maria de Lourdes PessoleMatias, Jorge Eduardo FoutoMontibeller, Guilherme RaminaSiqueira, Letícia Cristina DalledoneNunes, Eduardo da SilvaGrassi, Cristiano Antonio
OBJETIVO: Acredita-se que idosos tenham maior dificuldade de regenerar e/ou cicatrizar tecidos. O fígado é um dos mais complexos órgãos do corpo humano, e está envolvido em diversas funções. A regeneração hepática representa um mecanismo de proteção orgânica contra a perda de tecido hepático funcionante. O objetivo do presente estudo é reconhecer a capacidade regenerativa do fígado de animais velhos e compará-la com a de animais adultos jovens.MÉTODOS: Foram utilizados 34 ratos Wistar, 17 com 90 dias (jovens) e 17 com 460 dias (velhos). Aproximadamente 70% do fígado foi cirurgicamente removido. As aferições foram feitas com 24 horas e com 7 dias, com 3 métodos: Fórmula de KWON et al para reconhecer ganho de volume, contagem das figuras de mitose existentes em 5 campos e percentual dos núcleos PCNA positivos em 5 campos. RESULTADOS: O remanescente hepático ganhou maior volume nos animais jovens tanto com 24 horas (p=0,0006) quanto com 7 dias (p=0,0000). Os cortes histológicos revelaram maior número de figuras de mitose nos fígados dos jovens avaliados com 24 horas (p=0,0000). Na avaliação com 7 dias houve recuperação nos velhos, que se aproximaram dos jovens (p=0,2851). A contagem dos núcleos PCNA positivos foi maior nos cortes dos fígados dos jovens, com 24 horas (p=0,0310) e enquanto diminuiu nos jovens com 7 dias, nos velhos houve recuperação (p=0,0298). CONCLUSÃO: Os dados confirmam que a idade está relacionada com o atraso da regeneração hepática, em ratos.(AU)
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