Infecção no sítio de implantação de telas de polipropileno em parede abdominal de ratos com peritonite bacteriana induzida
Sebben, Geraldo AlbertoRocha, Sérgio LuizVon Bahten, Luiz CarlosBiondo-Simões, Maria de Lourdes PessoleRamos, Fernando Henrique AzevedoPilonetto, MarceloZonatto, Luciana Munhoz
OBJETIVO: Avaliar a incidência do crescimento bacteriano em telas de polipropileno implantadas na parede abdominal de ratos, após a indução de peritonite bacteriana.MÉTODOS: Utilizaram-se 36 animais alocados em dois grupos: grupo B, experimento (n=18) e grupo S, controle (n=18). Os ratos foram submetidos ao implante de telas de polipropileno na parede abdominal, no espaço pré-peritoneal. Em seguida, nos animais do grupo experimento, procedeu-se à indução de peritonite pela inoculação na cavidade peritoneal de solução padronizada de Escherichia coli. Nos animais do grupo controle procedeu-se à inoculação de solução fisiológica. Os animais de ambos os grupos foram realocados em três subgrupos de seis animais e acompanhados até as reoperações para avaliação dos sítios de implantação, coleta das telas para culturas, avaliação da cavidade e lavados peritoneais para culturas. As reoperações ocorreram com 24, 48 e 72 horas.RESULTADOS: Todos os animais do grupo experimento apresentaram quadro de peritonite. As culturas das telas retiradas dos sítios de implantação mostraram-se positivas em 83% dos animais quando o momento das avaliações foi de 24 horas, diminuindo para 33% em 48 horas e 17% em 72 horas, globalmente foi de 44%. Nos animais do grupo controle não houve nenhum caso de cultura positiva, tanto nas telas quanto nos lavados peritoneais. CONCLUSÕES: O modelo experimental utilizado foi efetivo produzindo 100% de peritonites. A incidência de crescimento bacteriano nas telas de polipropileno implantadas foi de 83% com 24 horas, decrescendo com o passar do tempo.(AU)
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