Glicina reduz a peroxidação lipídica tecidual em enterocolite necrosante induzida por hipóxia-reoxigenação em ratos
Meyer, Karine FurtadoMartins, José LuizFreitas Filho, Luiz Gonzaga deOliva, Maria Luiza VilelaPatrício, Francy Reis da SilvaMacedo, MaurícioWang, Lina
OBJETIVO: Avaliar o efeito protetor da glicina, num modelo experimental de ECN. MÉTODOS: Foram utilizados 50 ratos Wistar recém-nascidos, com peso variando de 4 a 6 gramas, provenientes da ninhada de seis ratas. Cinco animais foram canibalizados e, os 45 restantes, foram distribuídos em três grupos: controle G1(n=12); G2(n=16), animais que foram submetidos à hipóxia-reoxigenação; G3(n=17), animais submetidos à hipóxia-reoxigenação após uma infusão intraperitoneal de glicina 5%. Os animais foram submetidos à hipóxia em uma câmara de CO2 recebendo um fluxo de ar contendo 100% de CO2, durante 5 minutos e à reoxigenação recebendo um fluxo de O2 a 100% por 5 minutos. Segmentos de intestino delgado e cólon de 1 cm de extensão foram preparados para análise histológica. O restante do intestino foi removido em bloco e congelado a menos 80ºC para homogeneização e dosagem de malondialdeído tecidual (MDA). Classificou-se as lesões teciduais de Grau 0 a Grau 5, de acordo com a extensão da lesão mucosa. RESULTADOS: Os animais do Grupo G1 apresentaram graus de lesão de intestino delgado e cólon significantemente menores do que os animais dos Grupos G2 e G3. O grupo G2 apresentou valores médios de MDA significantemente maiores do que os animais do grupo G1 (p = .015) e G3 (p=0.021). Os animais dos grupos G1 e G3 apresentaram valores de MDA que não diferiram de forma significante (p = 0.992). CONCLUSÃO: A glicina diminuiu os níveis de MDA intestinais (um marcador da peroxidação lipídica) em ratos neonatais submetidos à hipóxia-reoxigenação.(AU)
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