VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 52-57

Efeitos da oxigenoterapia hiperbárica em ratos submetidos à ligadura das veias hepáticas: avaliação da mortalidade e da histologia do fígado e baço

Costa-Val, RicardoNunes, Tarcizo AfonsoSilva, Roberto Carlos de Oliveira eSouza, Tatiana Karina de Puy e

OBJETIVO: Avaliar os efeitos da oxigenoterapia hiperbárica em ratos submetidos a ligadura das veias hepáticas quanto a mortalidade dos animais e alterações na histologia do fígado e baço. MÉTODOS: Foram utilizados 30 animais machos adultos da espécie Holtzman, distribuídos aleatoriamente, em dois grupos de 15 animais cada, assim designados: grupo 1 - ligadura das veias hepáticas; grupo 2 - ligadura das veias hepáticas associada à oxigenoterapia hiperbárica. Todos os animais foram submetidos à anestesia geral por meio de solução contendo cloridrato de cetamina (40 mg/ml) e cloridrato de meperidina (10 mg/ml) na dose de 50 mg/Kg/peso, laparotomia mediana e ligadura das veias hepáticas. A oxigenoterapia hiperbárica foi aplicada nos animais do grupo 2, a partir da oitava hora do pós-operatório, por 120 minutos, sendo 90 minutos sob pressão de 2,5 atmosferas e 15 minutos no início e final da terapêutica, para promover a compressão e descompressão gradativa no período de 20 dias consecutivos. No 21º dia de pós-operatório, os animais foram mortos por inalação de éter, submetidos à laparotomia e extirpação dos fígados e baços para exame histológico. Foi comparada a evolução dos animais dos dois grupos quanto à mortalidade e histologia do fígado e do baço, aplicando-se o teste exato de Fisher, considerando-se a diferença significante o valor de p<0,05. RESULTADOS: Ocorreram sete (46,67%) mortes nos animais do grupo 1 e nenhuma morte nos animais do grupo 2. Os exames histológicos dos fígados e baços dos animais dos grupos 1 e 2 mostraram as seguintes alterações: trombose nas veias hepática, porta e centro-lobular estavam presentes em cinco (33,3%) animais do grupo 1 e ausente no grupo 2; necrose dos hepatócitos caracterizada como acentuada em sete (46,7%) e como leve em oito (53,3%) animais do grupo 1, enquanto em todos os animais do grupo 2 esta alteração foi caracterizada como leve; presença de células de Kupffer muito proeminentes e hipertrofiadas em 14 (93,3%)...(AU)

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