Efeitos da desnervação intrínseca do jejuno após enterectomia extensa na síndrome do intestino curto em ratos
Carvalho, Carlos Eduardo Verdiani deBasile, Filipe Volpe D'AngieriVespúcio, Marcelo Vinícius OliveiraIglesias, Antonio Carlos GarridoGava, Nelson FabrícioGarcia, Sérgio Britto
OBJETIVO: Investigar em ratos Wistar as respostas adaptativas da mucosa em conseqüência da desnervação intrínseca do jejuno após ressecção intestinal extensa. MÉTODOS: Utilizaram-se 30 ratos distribuídos em três grupos segundo o procedimento realizado: C (controle), R (ressecção intestinal) e D (ressecção intestinal e desnervação intrínseca do jejuno). Posteriormente foi avaliado o ganho de peso e realizado estudos morfométrico da mucosa intestinal. RESULTADOS: Os animais do grupo D apresentaram ganho ponderal consideravelmente maior do que os do grupo R (D=312,2+ ou -21g e R=196,7+ ou -36,2g). A contagem neuronal mostrou diminuição na população de neurônios mientéricos no grupo D (344,8+ ou -34,8 neurônios/mm de jejuno) em relação aos outros grupos (R=909,0+ ou -55,5 e C=898,5+ ou -73,3). A área do epitélio da mucosa jejunal foi maior no grupo D (10,8+ ou -4,3mm²) em comparação aos grupos R (7,3+ ou -3,9mm²) e C (5,8+ ou -3,0mm²). O índice de proliferação celular epitelial da mucosa foi maior no grupo D (48,7%), em relação aos grupos R (31,9%) e C (23,6%). CONCLUSÕES: O modelo experimental mostrou-se eficaz em melhorar o ganho ponderal dos animais submetidos à ressecção intestinal extensa, provocando intensificação da resposta hiperplásica da mucosa, a qual provavelmente levou a aumento da superfície de absorção de nutrientes. Abrem-se boas perspectivas para novas abordagens cirúrgicas para a síndrome do intestino curto.(AU)
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