Classificação do atendimento pré-hospitalar pediátrico como instrumento para otimizar a alocação de recursos no atendimento do trauma na cidade de São Paulo, Brasil
Abib, Simone de Campos VieiraSchettini, Sergio TomazFigueiredo, Luiz Francisco Poli de
OBJETIVO: Avaliar o atendimento pré-hospitalar de crianças e adolescentes em São Paulo, avaliar o banco de dados das Unidades de Suporte Básico (UR) e Avançado (USA) e propor um método simples e eficaz para a avaliação da gravidade do trauma pediátrico na fase pré-hospitalar. MÉTODOS: Uma única central do Corpo de Bombeiros (COBOM) coordena todo o atendimento pré-hospitalar em São Paulo. Dois bancos de dados foram analisados para crianças de 0 a 18 anos de idade, entre 1998 e 2001: um das Unidades de Suporte Básico de Vida (UR- bombeiros) e outra de Unidades de Suporte Avançado (USA - médico e bombeiros). Neste período, o Serviço de Atendimento Médico de Urgência do Estado de São Paulo (SAMU) forneceu relatórios médicos de 604 vítimas, enquanto os bombeiros forneceram relatórios de 12.761 vitimas (UR+USA). A classificação do trauma pré-hospitalar pediátrico é baseada na condição fisiológica, mecanismo de trauma e lesões anatômicas das vítimas. A classificação do trauma pré-hospitalar pediátrico foi comparada à Escala de Coma de Glasgow (GCS) e ao Escore de Trauma Revisado (RTS). RESULTADOS: Houve predominância do sexo masculino em ambos bancos de dados. O mecanismo de trauma mais freqüente foi relacionado a transporte, seguido de quedas. A mortalidade foi 1,6% nas Unidades Básicas e 9,6% no Suporte Avançado. Houve associação entre a classificação do trauma pré-hospitalar pediátrico, Escala de Coma de Glasgow (GCS) e ao Escore de Trauma Revisado (RTS) GCS e RTS (p<0,0001). CONCLUSÃO: A classificação do trauma pré-hospitalar pediátrico é um método simples e confiável para a avaliação, triagem e recrutamento de recursos para o atendimento pré-hospitalar do trauma pediátrico.(AU)
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