Experimental models of sepsis and septic shock: an overview
G. Garrido, AlejandraFrancisco Poli de Figueiredo, LuizRocha e Silva, Maurício
A sepse persiste como causa capital de mortalidade e morbidade em pacientes operados e nas vítimas de trauma, principalmente pela disfunção de múltiplos órgãos induzida pela sepse. Em contraste com estudos experimentais, a maioria dos estudos clínicos avaliando potenciais novos tratamentos para a sepse falham em demonstrar eficácia. Apesar de haver diversas possíveis explicações para esta discrepância, a interpretação equivocada dos dados pré-clínicos e. principalmente, o uso de modelos animais que não mimetizam adequadamente a sepse humana podem ter sido fatores contribuintes. Nesta revisão, os benefícios e limitações dos diversos modelos experimentais de sepse são discutidos quanto a relevância com a sepse humana e em relação a futuros ensaios clínicos. Entre os modelos discutidos incluímos a injeção intravascular de endotoxina ou bactérias vivas, peritonite bacteriana, ligadura e punção cecal, infecção de tecidos moles, e modelos de pneumonia e meningite, utilizando várias espécies de animais tais como ratos, camundongos, coelhos, porcos, ovelhas e primatas. Apesar das limitações, modelos animais permanecem essenciais para o desenvolvimento de todas as novas terapias para a sepse e choque séptico, pois fornecem dados fundamentais quanto a farmacocinética, toxicidade e mecanismos de ação das drogas e que não podem ser de outro modo reproduzidos. Os novos agentes terapêuticos devem ser testados mesmo após o início do processo séptico e condições debilitantes devem ser desenvolvidas para evitar o uso exclusivo de animais saudáveis e que freqüentemente não representam a maior parte da população de pacientes sépticos.
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