Community acquired urinary tract infection: etiology and bacterial susceptibility
Anastácio Dias Neto, JoséCarlos Pereira Martins, AntonioDias Magalhães da Silva, LeonardoBrianezi Tiraboschi, RicardoLuis Alonso Domingos, AndréJosé Cologna, AdautoLuis Paschoalin, EdsonTucci Jr, Silvio
INTRODUÇÃO: Devido a freqüência a infecção do trato urinário (ITU) responde por consumo elevado de antibióticos e tem impacto sócio-economico elevado. Como a escolha do antimicrobiano no início do tratamento ou para o tratamento completo é geralmente empírica, o conhecimento da prevalência bacteriana e sua sensibilidade, que podem variar no tempo, é mandatoria. OBJETIVO: O objetivo do trabalho é relatar a freqüência das cepas bacterianas diagnosticadas em nossa instituição, bem como a sensibilidade aos antimicrobianos, e prover dados nacionais. MÉTODOS: Foram analisados retrospectivamente os resultados de cultura de urina de 402 pacientes com ITU adquirida na comunidade e tratados em nossa instituição. RESULTADOS: A idade média dos pacientes foi de 45,3±23,5 anos, 242 (60,2%) dos quais eram mulheres e 160 (39,8%) eram homens. A bactéria mais freqüente foi a E. coli (58%) seguida de Klebsiella sp. (8,4%) e Enterococcus sp. (7,9%). Das bactéria isoladas somente 37% apresentavam sensibilidade à ampicilna, 51% à cefalotina e 52% ao trimxazol. As maiores taxas de sensibilidade ocorreram para o imipenem (96%), ceftriaxone (90%), amicacina (90%), gentamicina (88%), levofloxacina (86%), ciprofloxacina (73%), nitrofurantoina (77%) e norfloxacina (75%). CONCLUSÃO: As bactérias Gram-negativas são a causa mais comum de ITU comunitária. Os antimicrobianos de escolha para tratamento oral são as fluoroquinolonas, nitrofurantoina, cefalosporinas de segunda e terceira geração. Para quadros graves que requerem antibiótico parenteral a escolha recai sobre os aminoglicosídeos, cefalosporinas de terceira geração e imipenem.
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