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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Integração do enxerto heterólogo de pele humana no subepitélio da bolsa jugal do hamster (Mesocricetus auratus)

Hochman, BernardoMasako Ferreira, LydiaCássia Vilas Bôas, FlavianeMariano, Mario

OBJETIVO: Descrever a integração de enxertos de pele total humana no subepitélio da bolsa jugal do hamster (Mesocricetus auratus). MÉTODOS: A amostragem consistiu de 18 hamsters machos, exogâmicos, com 10 a 14 semanas de idade. Fragmentos de pele humana normal foram obtidos de pele excedente de mastoplastia redutora de paciente parda. Cada hamster foi enxertado em ambas as bolsas com fragmentos de pele, perfazendo um total de 36 fragmentos enxertados. Os animais foram distribuídos, em 6 grupos, para exame dos fragmentos enxertados com 5, 12, 21, 42, 84 e 168 dias. Uma avaliação macroscópica foi realizada comparando a bolsa contendo o fragmento enxertado em cada período com a mesma bolsa no pós-operatório imediato, mediante fotografias padronizadas. Na avaliação microscópica foi adotado como critério de integração a presença de vasos sangüíneos na derme dos enxertos. Observou-se também a presença de queratina, melanócitos, infiltrado celular e aspecto do tecido conjuntivo. RESULTADOS: Na avaliação macroscópica foi observada uma reação vascular em torno dos fragmentos até 12 dias do implante, e a presença de pigmentação castanho-escura a partir de 42 dias. À microscopia, integraram-se 80,64% dos fragmentos enxertados, inclusive no grupo de 168 dias. Observou-se infiltrado celular inflamatório até 12 dias, a presença de melanócitos a partir de 42 dias e uma hialinização do tecido conjuntivo após 84 dias. CONCLUSÕES: Fragmentos de pele humana integram-se no tecido celular subcutâneo da bolsa jugal do hamster, mantêm-se vascularizados por 168 dias, e conservam o epitélio íntegro até 21 dias. O subepitélio da bolsa representa modelo experimental de investigação da fisiologia de pele humana ex vivo.

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