Translocação de bactérias marcadas com Tc99 na icterícia obstrutiva em ratos
Suassuna Silvestre de Alencar, Sueleneda Cunha Medeiros, AldoTeixeira Brandt, CarlosLamartine de Andrade Aguiar, JoséBorges Ferreira Rocha, KeylaPinheiro da Silva, Marli
Estudo realizado com o objetivo de avaliar a translocação bacteriana (TB) do tubo gastrointestinal para órgãos viscerais na icterícia obstrutiva. Quatro grupos de ratos foram estudados: grupo I (n=10) ligadura do colédoco, grupo II (n=10) controle ou "sham operation", grupo III (n=12) ligadura do colédoco e gavagem com 99mTc-Escherichia coli e grupo IV (n=5) controle ou "sham operation" e gavagem com 99mTc-E.coli. Usando técnica asséptica e sob anestesia com pentobarbital sódico (20mg/kg), os animais foram submetidos à laparotomia e nos ratos dos grupos I e III foi realizada ligadura do colédoco com fio de seda nº 000. Nos ratos dos grupos II e IV foi feita apenas a manipulação do colédoco com pinça de Adison. Após sete dias, os animais dos grupos I e II foram mortos e ressecados fígado, baço, linfonodos mesentéricos e pulmões para exame microbiológico (meios Agar-sangue e Agar Mac Conkey) e exame histopatológico (coloração H.E. e Tricrômico de Masson) por análise morfométrica. Nos animais dos grupos III e IV, após sete dias, foi administrada por via oral (gavagem) 99mTc-E.coli e após 24h, os ratos de ambos os grupos foram mortos e seus órgãos retirados para contagem da radioatividade em cintilador automático Gama, modelo ANSR (ABBOT). O nível médio de bilirrubina, nos grupos ictéricos, foi significantemente maior do que o do grupo controle. O estudo microbiológico revelou maior incidência de bactérias translocadas no grupo I, comparada ao controle (p 0,05). Os resultados não mostraram diferença significante na captação da 99mTc-E.coli entre os dois grupos. Porém, a análise das interações grupo x órgão mostrou diferença entre os grupos ictérico e controle para os órgãos: fígado e pulmão. Os dados permitem concluir que em ratos ictéricos por ligadura do colédoco ocorreu TB detectável por exame microbiológico. Não ocorreu TB com 99mTc-E. coli no modelo proposto.
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