Prognóstico de tumores testiculares germinativos
Anastácio Dias Neto, JoséLuiz Alonso Domingos, AndréCarlos Pereira Martins, AntonioTucci Jr., SilvioJorge Suaid, HayltonJosé Cologna, AdautoBotene Schneider, Cassio
OBJETIVO: Investigar as características e a evolução de homens adultos portadores de tumores germinativos do testículo. MÉTODOS: Estudamos as características e a evolução 29 pacientes tratados (14 seminomas e 15 não seminomas). O tempo médio de seguimento foi de 56 meses para os seminomas e de 40 meses para os não seminomatosos. Todos foram submetidos a orquiectomia. Nos estádios II e III associou-se radioterapia para os seminomas, e quimioterapia e linfadenectomia para os não seminomatosos. RESULTADOS: As queixas mais freqüentes foram aumento de volume testicular (57%) e dor (30%). Nos seminomas a idade média foi de 41,2 anos e nos não seminomas foi de 29,2 anos. Antecedente de criptorquidia foi assinalada em 28,5% dos seminomas e em 15,5% dos não seminomatosos. As proporções respectivas de estádios I, II e III foram de 79%, 14% e 7% em seminomas, e 40%, 27% e 33% em não seminomas. Os seminomas não provocaram elevação dos marcadores AFP ou b-HCG enquanto os não seminomatosos elevaram esses marcadores respectivamente em 46,6% e 33,3% dos casos. Morte pela doença ocorreu em 1 caso de seminoma e 3 de não seminomas, mas não houve diferença na sobrevida entre os grupos. CONCLUSÃO: A criptorquidia continua sendo um fator predisponente importante na etiologia dos tumores germinativos. Apesar dos tumores não seminomatosos se apresentarem em estádios mais avançados a sobrevida dos pacientes não difere da apresentada pelos portadores de seminomas.
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