Efeito de tratamento cirúrgico sobre a atividade da enzima hepática lecitina: colesterol aciltransferase (LCAT) na esquistossomose mansônica
Augusto da Silva, CesarFontes de Oliveira, KeilaCristina Oliveira de Carvalho, VeraLúcia Coutinho Domigues, AnaTeixeira Brandt, CarlosLúcia de Menezes Lima, Vera
A esquistossomose mansônica é uma doença tropical que constitui um importante problema de saúde pública, na Região Nordeste do Brasil, onde é encontrada em alta endemicidade. Essa parasitose tem o fígado como principal alvo de suas lesões histológicas, alterações fisiopatológicas e manifestações clínicas. Estudos anteriores reportam alterações no metabolismo lipídico associadas à forma hepatoesplênica da esquistosomose.Uma das principais alterações consiste na redução da atividade da enzima hepática LCAT, responsável pela esterificação do colesterol no plasma. Neste trabalho, avaliamos a atividade da LCAT no plasma de pacientes portadores da esquistossomose mansônica hepatoesplênica, os quais foram submetidos a esplenectomia e reimplante de parte de tecido do baço. A atividade enzimática da LCAT foi determinada com substrato radioativo. O [14C]colesterol livre e esterificado, formados por ação da LCAT, foram separados por cromatografia em camada delgada e a radioatividade das amostras foi contada em analisador de cintilação líquida. A atividade da LCAT nos pacientes submetidos a esplenectomia e reimplante de tecido do baço apresentou redução de 32 %, em relação ao grupo controle. Contudo, nos portadores da doença que não foram submetidos ao procedimento cirúrgico a redução na atividade da LCAT foi o dobro (64%) da observada em pacientes esplenectomizados e com reimplante de parte do tecido do baço. Esses resultados sugerem haver uma melhora significativa no efeito da forma grave da esquistossomose mansônica sobre a atividade da LCAT.
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