DUODENOPLASTIA ASSOCIADA À VAGOTOMIA GÁSTRICA PROXIMAL NO TRATAMENTO DAS ÚLCERAS DUODENAIS ESTENOSANTES
Ceneviva, R.S. dos Santos, J.de C. Silva Jr., O.L. P. Módena, J.D. Mente, E.K. Sankarankutty, A.
A vagotomia gástrica proximal firmou-se como o procedimento de escolha no tratamento cirúrgico eletivo das úlceras duodenais crônicas, por ser a operação mais segura quanto à morbidade e mortalidade. Sua aplicação tem sido estendida às complicações da úlcera duodenal, mediante operação complementar que visa solucionar a complicação. Com o objetivo de avaliar a vagotomia gástrica proximal no tratamento das úlceras duodenais estenosantes os resultados clínicos de uma série consecutiva de 80 pacientes submetidos à vagotomia gástrica proximal e duodenoplastia (VGP + Dp) foram comparativos aos de uma série de 106 pacientes submetidos à vagotomia gástrica seletiva e antrectomia (VGS + A); os pacientes foram avaliados 2 a 16 anos após a cirurgia. As séries foram homogêneas quanto ao sexo e à idade. Cinco diferentes tipos de duodenoplastia foram realizados, de acordo com as características anatômicas do duodeno estenosado No grupo da VGS + A a reconstrução do trânsito alimentar foi gastroduodenal em 46 pacientes e gastrojejunal nos 60 pacientes restantes. O índice de mortalidade operatória foi de 1,2% com VGP + Dp e de 1,9% com VGS + A. Controle endoscópico pós-operatório demonstrou patência da luz duodenal e piloro conservado nos pacientes submetidos à duodenoplastia. A recorrência ulcerosa ocorreu em 5% após VGP + Dp e em 1,9% após VGS + A. Conclui-se que: 1. a duodenoplastia resolve a estenose duodenal sem dano do esfíncter pilórico, mantendo as vantagens da vagotomia gástrica proximal sem operação complementar de drenagem do estômago. 2 Na avaliação clínica global os melhores resultados foram obtidos com a vagotomia gástrica proximal. 3. A vagotomia gástrica proximal associada à duodenoplastia é uma boa opção de tratamento da úlcera duodenal estenosante.
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