VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 169-175

Comparaçäo entre hidroxiapatita porosa de coral e enxerto ósseo autógeno em coelhos

Figueiredo, Arthur Silveira deFagundes, Djalma JoséNovo, Neil FerreiraJuliano, YaraInouye, Celso Massaschi

A transplantaçäo de osso autógeno continua sendo usada com sucesso, apesar das limitaçöes que apresenta, principalmente no que se refere à morbidade aumentada, operaçöes adicionais e aumento do custo. O objetivo desta pesquisa foi verificar a integraçäo da hidroxiapatita porosa de coral como alternativa biológica, em forma de cerâmica, para substituir o enxerto ósseo autógeno. Foram utilizados 42 coelhos albinos (Nova Zelândia), submetidos a defeito padräo em 84 côndilos femorais, e implantaçäo aleatória, em cada lado, de enxerto ósseo autógeno ou hidroxiapatita porosa. Foram avaliados os aspectos da evoluçäo clínica diária dos animais. Após duas, quatro e doze semanas, grupos de 14 animais foram sacrificados e feita a avaliaçäo radiológica e macroscópica da integraçäo dos enxertos. Peças das regiöes operadas foram colhidas para estudo histológico dessa integraçäo. Os resultados macroscópicos mostraram que a integridade óssea, coloraçäo, cicatrizaçäo da cortical e mobilidade dos implantes näo foram estatisticamente significantes para os dois tipos de enxertos, nos diferentes tempos de observaçäo. A diferença de uma progressiva e melhor integraçäo dos enxertos ocorreu apenas quando se compararam os três tempos de observaçäo, e foi considerada como conseqüência direta da evoluçäo natural do processo cicatricial. Os parâmetros radiológicos de integraçäo seguiram o mesmo padräo dos achados macroscópicos. Os achados microscópicos mostraram que o aparecimento de tecido ósseo maduro é retardado nos enxertos de hidroxiapatita com a ocorrência de cavidades císticas. Concluiu-se que a hidroxiapatita porosa de coral foi um substituto adequado ao enxerto ósseo autógeno em coelhos.

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