Bone mineral content reduction in youth with surgical form of Schistosomiasis mansoni: factors involved in the pathogenesis
Teixeira Brandt, CarlosMarcelo Gonçalves de Souza, AntônioVirgínia da Motta Braga, MariaLeal Reis de Melo, Karinade Oliveira Andrade Marques, KarinaDantas Sena, AndréaAlmeida, Fernando
Trinta e duas crianças e adolescentes, de 14 a 20 anos de idade, portadores de esquistossomose mansônica na forma hepatoesplênica e varizes sangrentas do esôfago, foram avaliadas para conteúdo mineral ósseo (BMD), antes de serem submetidas a tratamento clínico-cirúrgico. O protocolo cirúrgico constou de esplenectomia, ligadura da veia gástrica esquerda e autoimplante de tecido esplênico em bolsa no omento maior. O seguimento pós-operatório desses pacientes varia entre um e dez anos, com uma média de cinco anos. O BMD foi medido na vértebra lombar (L2-l4), através de aparelho de raio-X de dupla absorção e energia (DEXA), usando um densitômetro modelo LUNAR DPX-L. O grau de fibrose de Symmers foi avaliado por histomorfometria semi-automática. Em onze pacientes, o magnésio sérico foi medido antes e subseqüentemente oito e vinte e quatro horas após infusão desse íon. A deficiência de magnésio foi considerada quando a retenção desse íon fosse maior que 40%. Houve uma tendência à associação entre o padrão do conteúdo mineral ósseo e o grau da fibrose de Symmers (c² = 6,606 R = 0,01017). Houve ainda uma moderada concordância entre o maior grau de densidade fibrótica (acima da percentagem média) e o déficit mineral ósseo. Embora o conteúdo mineral ósseo normal estivesse mais evidente entre os pacientes com melhor reserva funcional hepática, os resultados não alcançaram significação estatística. Houve uma acentuada retenção de magnésio infundido (>95%) em uma paciente que tinha osteoporose e uma retenção desse íon discretamente acima de 40% em um paciente que não apresentava déficit conteúdo mineral ósseo. Em conclusão, os pacientes incluídos nesta série mostravam um importante déficit de BMD, especialmente entre as meninas, que obtiveram melhora significativa após tratamento clínico e cirúrgico. O déficit mineral ósseo desses pacientes estava associado ao grau de fibrose de Symmers. Depleção de magnésio esteve presente em dois de onze desses pacientes. Pode-se especular que a suplementação de magnésio possa ser útil para deter a progressão do déficit do conteúdo mineral ósseo nos pacientes com reserva funcional hepática mais comprometida.
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