Influência do tempo transcorrido entre a lesão do cólon e a síntese no processo de cicatrização
de Lourdes Pessole Biondo-Simões, MariaHintz Greca, FernandoIoshi, SergioMartinez Menini, CarlaIzat El Tawil, ImadWei Kin Chin, EduardoLúcio Stahalschmidt, FábioAugusto Sperandio Jr, CarlosFaraco Martinez Cebrian, Cinthia
O tratamento das lesões do cólon têm se modificado com relação à escolha da técnica do reparo primário à colostomia e ao reparo secundário. Entre os fatores de risco para síntese primária está o tempo transcorrido. O objetivo deste estudo é avaliar as interferências do tempo transcorrido entre a feitura da lesão e a síntese, sobre o processo de cicatrização. Para isto utilizaram-se 80 ratos Wistar PUC-PR. Sob anestesia inalatória confeccionou-se uma lesão no cólon esquerdo compromentendo 50% da circunferência da intestinal. Após 12, 18 e 24 horas procedeu-se à síntese. Comparou-se estas colorrafias com as realizadas imediatamente após a lesão. Avaliaram-se as cicatrizes com 4 e 7 dias, verificando-se a existência de deiscências, a capacidade de suportar pressão e a síntese de colágeno. Registrou-se o óbito de 5 ratos. Encontrou-se peritonites nos 3 grupos de experimento que comparadas ao controle mostraram alta significância, para o grupo B (p=0,0018), para o C (p=0,0033) e para o D (p=0,000008)q Deiscências se fizeram presentes 19 vezes, tendo sido significante no grupo de 24 horas (p=0,000002). A quantidade de colágeno maturo (tipo I), no 4.º dia é semelhante ao controle no grupo de 12 e 18 horas e menor no grupo de 24 horas (p 0,05). No 7.º dia é menor no grupo de 18 horas (p 0,05) e no de 24 horas (p=0,00001). Havia menor concentração de colágeno imaturo (tipo III) no grupo de 24 horas no 4.º dia (p=0,000268) e no 7.º dia nos grupos de 18 horas (p=0,0009) e de 24 horas (p=0,000009). Conclui-se que as sínteses retardadas com mais de 12 horas, no cólon esquerdo aumentam a morbidade e retardam a maturação do colágeno.
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