AÇÃO DO DICLOFENACO DE SÓDIO EM ANASTOMOSES REALIZADAS NO INTESTINO DELGADO DE RATOS
Guilherme Minossi, JoséVieira de Souza Leite, CelsoEduardo Naresse, LuizAparecida M. Rodrigues, MariaRoberto Curi, PauloKobayasi, Shoiti
Este trabalho avaliou a ação do Diclofenaco de Sódio (DS) na cicatrização de anastomoses realizados no íleo terminal de ratos, tendo sido analisados os seguintes parâmetros: evolução clínica, resistência mecânica, colágeno tecidual e alterações histopatológicas. Foram utilizados 519 ratos Wistar divididos em 4 grupos experimentais. O Grupo 1: Controle sem anastomose, 52 ratos tratados com solução fisiológica (SF)3 ml/kg de peso, administrada por via intra-muscular (IM) por 4 dias; Grupo 2: 110 ratos submetidos à anastomose no íleo terminal + SF; Grupo 3: 52 ratos tratados com DS na dose de 3 mg/kg de peso por dia, IM, por 4 dias e o Grupo 4: 295 ratos tratados com DS e submetidos à anastomose no íleo terminal, recebendo DS de maneira idêntica ao grupo anterior. Dez animais sem manipulação, foram utilizados para medidas da força de ruptura e dosagens bioquímicas, com obtenção de parâmetros caracterizados como MO. Os parâmetros foram analisados no 4o, 7o, 14o e 21o dia de pós-operatório. Os animais do Grupo 1 não apresentaram alterações clínicas durante o período de acompanhamento. No Grupo 3, 15,4% dos animais apresentaram diarréia. Neste grupo houve uma diminuição do colágeno tecidual e da força de ruptura quando comparados com o grupo 1. Entre os animais submetidos à anastomoses no íleo terminal, observou-se taxa de mortalidade maior nos animais que receberam DS, além de retardo na cicatrização, caracterizado por uma maior reação inflamatória polimorfonuclear, retardo na regeneração da mucosa, diminuição de macrófagos e do colágeno tecidual. Pelos resultados obtidos concluiu-se que o DS é deletério à evolução cicatricial de anastomoses realizadas no íleo terminal de ratos
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