Trema micrantha Blume na alimentação animal. II - Degradação "in vitro" dos componentes da parede celular da periquiteira (Trema micrantha Blume), capim Aripuanã (Leptochloa domingensis Trin.) e capim elefante (Pennisetum purpureum Schum)()
de Andrade, Pedrode Figueiredo Vieira, PauloClaudio de A. Rosa, LuizTadeu de Andrade, Antonio
Resumo Este trabalho estuda o potencial de certas espécies vegetais : piriquiteira (Trema micrantha Blume) e capim Aripuanã (Leptochloa domingensis Trin), que crescem espontaneamente no Núcleo de Pesquisa de Aripuanã, MT. na nutrição animal. Determinou-se a degradação "in vitro" da fibra dessas espécies. Foram analisadas as seguintes frações : fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA). celulose (Cel.) e lignina (Lig.). Uma amostra de capim elefante com 35 dias de vegetação foi utilizada como referência. As quantidades de fibra em detergente neutro da Trema apresentaram-se constantes ao longo dos tempos de fermentação ao passo que para as gramíneas capim Aripuanã e capim elefante, a referida fração (FDN) apresentou digestibilidade variando de 40,36% a 46,84% às 48 horas de fermentação. Com relação à fibra em detergente ácido, observou-se quase o mesmo comportamento da fibra em detergente neutro, pois a digestibilidade dessa fração (FDA). para as gramíneas variou de 40 a 65%, respectivamente, para capim Aripuanã e elefante enquanto que para a Trema não houve diferença significativa. A provável explicação para esses fatos é que a Trema apresenta teores de lignina três vezes maiores que os teores de lignina das gramíneas, dificultando a atuação dos microorganismos. Conclui-se que a Trema pode ser útil na alimentação de bovinos desde que se utilizem partes da planta que apresentem baixos teores de fibra. O capim Aripuanã apresenta um comportamento semelhante ao do capim elefante.
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