Propagação vegetativa de Schizolobium parahyba var. amazonicum (paricá) usando técnicas de enxertia e mergulhia de cepa
SALES, AgustXAVIER, AloisioPAIVA, Haroldo Nogueira deWENDLING, IvarSANTOS, Gleison Augusto dosSIVIERO, Marco AntonioVIEIRA, Sabrina Benmuyal
RESUMO Schizolobium parahyba var. amazonicum (paricá) é uma árvore leguminosa de importância econômica e ambiental na Amazônia brasileira, principalmente utilizada para produção madeireira. Não existem técnicas de propagação vegetativa eficientes para paricá, portanto avaliamos a eficácia das técnicas de enxertia e mergulhia-de-cepa na propagação vegetativa de paricá. Conduzimos dois experimentos de campo. No experimento de enxertia em fenda cheia utilizamos porta-enxertos e diâmetros de enxertos de 0,8 ± 0,2 e 1,5 ± 0,2 cm coletados de brotações epicórmicas basais, em desenho completamente casualizado. No experimento de mergulhia-de-cepa usamos brotações epicórmicas basais induzidas por decepa em desenho de blocos completos casualizados e cinco concentrações de ácido-indol-3-butírico (AIB) (0, 6, 12, 24, 48 g kg-1). Enxertos com diâmetros maiores resultaram em taxas de sobrevivência significativamente mais altas e maior diâmetro e comprimento dos brotos. As plantas enxertadas mostraram alto vigor vegetativo e formação de calo pouco visível. Na mergulhia-de-cepa, a formação de raízes das brotações aumentou significativamente com concentrações de AIB até 12 g kg-1, mas diminuiu com concentrações mais altas. A alta sobrevivência das plantas enxertadas indicou sucesso na união do enxerto, diferenciação de novo tecido vascular e formação de um sistema vascular para crescimento vegetativo. A mergulhia-de-cepa também mostrou-se bem-sucedida, como mostra o aumento na formação de raízes tratadas com AIB. A redução de enraizamento em concentrações mais altas de AIB sugere que auxinas em excesso podem inibir a formação de raízes. Nossos resultados indicam que enxertia em fenda cheia e mergulhia-de-cepa são técnicas potenciais para a propagação vegetativa de paricá.
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