VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 85-90

O grau de sensibilidade ao dessecamento das sementes da palmeira amazônica Oenocarpus bacaba depende do critério de germinação

Bastos, Lydiane Lucia de SousaCalvi, Geângelo PeteneLima Júnior, Manuel de Jesus VieiraFerraz, Isolde Dorothea Kossmann

Ao longo da transição semente-plântula, vários critérios de germinação são usados em estudos de germinação de sementes de palmeiras. Em Oenocarpus bataua, esses critérios apresentam tolerância diferencial ao estresse térmico. Neste estudo, avaliamos a tolerância dos critérios de germinação ao dessecamento de sementes da congênere Oenocarpus bacaba. Dessecamos sementes a diferentes teores de água (TA) antes de avaliar primeiro catafilo, segundo catafilo, eofilo fechado e eofilo expandido. O TA de sementes sem dessecamento foi de 41,7%. O sucesso da germinação atingiu cerca de 70% após 75 e 105 dias, dependendo do critério de germinação. O TA de segurança foi próximo ao TA inicial e todas as sementes estavam mortas com TA < 26,7%. Como os órgãos primordiais dos catafilos e do eofilo são detectáveis no embrião da semente destas palmeiras, todos foram afetados pelo dessecamento. O TA crítico, definido aqui como 50% de perda da capacidade de germinação, aumentou de 35,4% (primeiro catafilo) para 37,1% (eofilo expandido) e confirmou que, ao longo da transição semente-plântula, estádios de germinação mais avançados tiveram maior sensibilidade ao dessecamento. Durante a germinação e o desenvolvimento, o aparecimento dos critérios ocorre em sequência ao longo de várias semanas. Consequentemente, o dano pelo dessecamento só foi detectado quando o último critério foi avaliado. Para evitar subestimação dos danos, sugerimos que estudos de estresse com sementes de palmeiras levem em consideração um período adequado para o desenvolvimento que, para O. bacaba, foi de 105 dias até a expansão do eofilo.(AU)

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