Composição florística, estrutura e relação solo-vegetação em três áreas de campinarana na Amazônia central
Demarchi, Layon OresteScudeller, Veridiana VizoniMoura, Livia CarvalhoDias-Terceiro, Randolpho GonçalvesLopes, AlineWittmann, Florian KarlPiedade, Maria Teresa Fernandez
As campinaranas amazônicas apresentam uma série de características únicas, como a dominância de poucas espécies, alto grau de endemismos e baixa riqueza de espécies, que as diferenciam de outras formações florestais amazônicas. Parâmetros edáficos têm sido apontados como os principais responsáveis pelas características das campinaranas. Contudo, como estes parâmetros influenciam a composição, riqueza e estrutura deste tipo de vegetação ainda é pouco entendido. Neste estudo investigamos a variação estrutural, a composição florística e a relação solo-vegetação em três áreas de campinarana na Amazônia central, com intuito de testar se pequenas diferenças nos parâmetros edáficos do solo estão relacionados com diferenças na composição, riqueza e estrutura do componente arbóreo em áreas de campinarana adjacentes. Em cada área foram amostradas três parcelas de 50 x 50 m (totalizando 2.25 ha), com o critério de inclusão para os indivíduos de DAP ≥ 5 cm. Amostras de solo foram coletadas em cada parcela. O número total de indivíduos amostrados foi 3956, pertencendo a 40 famílias e 140 espécies. Em cada área poucas espécies foram dominantes, mas estas variaram entre as áreas. Diferenças entre as áreas foram significativas, porém parcelas da mesma área tenderam a ter composição florística similar. A variável soma de bases (SB) foi diretamente relacionada à composição de espécies; contudo, riqueza de espécies e estrutura florestal não foram relacionadas a nenhum dos parâmetros do solo amostrados. Concluimos que mesmo pequenas variações nos parâmetros edáficos do solo podem mudar a composição de espécies em campinaranas, embora esta variação não necessariamente influencie a riqueza e outros parâmetros estruturais da vegetação.(AU)
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