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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Structural and successional variability of periphytic algal community in a Amazonian lake during the dry and rainy season (Rio Branco, Acre)

C.S França, RaquelRosélia Marques Lopes, MariaFerragut, Carla

A colonização e o modelo sucessional da comunidade de algas perifíticas foram avaliados no amazônico Lago do Viveiro (Rio Branco, Acre, Brasil). Amostragens foram realizadas no período de 35 dias com intervalos de quatro dias nos primeiros 20 dias e cinco dias no final. Foram realizadas amostragens da água para a determinação das variáveis físicas, químicas e biológicas no período seco e chuvoso. Lâminas de vidro foram usadas para a colonização do perifíton. A estrutura da comunidade foi avaliada através da densidade populacional, classes algais, índices de diversidade e espécies descritoras. A riqueza de espécies, diversidade e equitabilidade aumentaram com o avanço da sucessão. A densidade de Bacillariophyceae, Euglenophyceae e Zygnemaphyceae aumentaram com o avanço da sucessão, mas Cyanobacteria permaneceu dominante. Synechocystis aquatilis, Synechocystis diplococcus e Navicula pseudolanceolata foram descritoras da comunidade no período seco e chuvoso. Cymbela tumida, Frustulia rhomboides, Trachelomonas lacustris e Closterium acicularis foram correlacionadas com o aumento do nível hidrológico no período seco e chuvoso. Contrapondo, a densidade de Chlamydomonas sp., Chroomonas nordstedtii, Trachelomonas volvocinopsis, Trachelomonas volvocina e Synechococcus linearis foram correlacionadas com o aumento da transparência da água durante o período seco. De modo geral, a comunidade de algas perifíticas apresentou elevada diversidade e riqueza de espécies independentemente do período climático. O período climático apresentou pouca influência sobre a representatividade das classes algais e espécies descritoras. Contudo, os modelos sucessionais foram diferentes em cada período climático e as mudanças no nível hidrológico atuaram diretamente sobre a sucessão das algas perifíticas. Mais pesquisas sobre a dinâmica do perifíton são necessárias para melhorar a compreensão dos ecossistemas lacustres tropicais, especialmente na Amazônia.

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