Patologia de peixes da Amazônia Brasileira, 1. Aspectos gerais
E. Thatcher, Vernon
Resumo Alguns aspectos gerais da patologia de peixes amazônicos são apresentados, e os princípios que governam as doenças em peixes mencionados, tais como: a) peixes amazônicos estão pouco expostos à poluição industrial, mas podem ocorrer mortalidades grandes provocadas pela combinação de quedas na temperatura ambiental e a decomposição de matéria vegetal; b) os peixes que morrem primeiro são aqueles que têm infecções nas brânquias; c) deve esperar-se pouca patogenia óbvia nos peixes recentemente capturados porque um peixe doente é rapidamente eliminado pelos predadores; e d) a patogenia pode ser estudada por meio de um levantamento de parasitas e outros fatores nos peixes na natureza, e depois, por observações dos efeitos dos mesmos em cativeiro. Foram apresentados os mecanismos de defesa utilizados pelos peixes amazônicos contra; 1) corpos estranhos; 2) fungos; 3) mixoesporídeos: 4) monogéneos; 5) trematódeos digenéticos; 6) cestodários; 7) cestóides; 8) acantocéfalos; 9) nematódeos; 10) crustáceos e 11) pentastomídeos, e exemplos destes são citados do Amazonas. São mencionadas a presença da doença das manchas pretas e três variedades da doença das manchas amarelas na região. O nematódeo, Goezia spinulosa, já reconhecido como um perigo para a piscicultura, também é citado na Amazônia. O trematódeo parasita do olho, Diplostomum, o qual pode ser patogênico e fatal para o peixe e para o homem, foi encontrado em dois hospedeiros. Um caso de adipose dentro do coração é citado de um pirarucu, Arapaima gigas. Já que o peixe tinha sido mantido num aquário pequeno por mais de um ano, é possível que uma insuficiência de exercício causou esta anomalia.
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