Estudos epidemiológicos entre populações indígenas da Amazônia. II. Prevalências da microfilaremia de Mansonella ozzardi: comparação de dois métodos de diagnóstico ()
Dale, Dale, DaleErdtmann, BernardoW. Peet, JenniferA. Nunes de Mello, JoséR. Healy, GeorgeV. Neel, JamesM. Salzano, Francisco
Resumo Foi determinada a prevalência de microfilaremia em uma amostra representativa de adolescentes e adultos, em 13 aldeias, de índios amazônicos brasileiros em julho-agosto de 1976. Através de esfregaço de sangue periférico corados com Giemsa e de preparações de culturas de linfócitos de sangue periférico, ou ambas, foram testadas 533 pessoas com idade acima de 10 anos e 68 crianças com menos de 10 anos. A Mansonella ozzardi foi a única espécie de microfilária encontrada. A prevalência foi altamente aldeia-específica. Em quatro (4) das 13 aldeias, houve casos de não detecção de microfilaremia pelos métodos usados. Em quatro (4) outras aldeias, as prevalências encontradas para os residentes de 10 anos e mais velhos foram em excesso de 60% para cada método utilizado. Em aldeias onde a microfilaremia foi documentada, apenas cinco (13%) do total de 38 crianças testadas foram positivas. Houve uma tendência geral da prevalência aumentar com o aumento da idade, A razão de prevalência de microfilaremia entre homens e mulheres foi de aproximadamente 1,4:1 para o teste de esfregaço de sangue periférico e exatamente 1:1 para o outro. Em cada 5 aldeões com microfilaremia-positiva testados com ambos os métodos, detectamos uma mais alta prevalência da microfilaremia com as preparações feitas de cultura de linfócitos.
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